quinta-feira, 24 de março de 2011

Redemption Songs

Levanta-se a saia e os olhos ficam mais verdes.
Os campos são repletos de clareiras, e delas o mundo se expande.
E da fraqueza aproveita-se os silêncios.
Das músicas saem nuvens, e nuvens.
E ventos de explosões marítimas, dogmas no mundo sem leis.
Contradições na boca dos que olham de rabo de olho a escória do mundo, e o resultado do podre poder racional.
A guitarra acusticando o senhor dos ventos, e acalmando os lustres humanos que vagam pelas ruas como fantasmas, presos ao pragmatismo da vida que lhes foi imposta.
Abaixa-se a saia, e os olhos enxergam, do alto, a cidade branca e preta.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Intransitivo.

Não quero compaixão, palavras leves, tecidas, bordadas.
Por isso não te conto.
Não te falo, não te quero, te dispenso.

Quero suas verdades, seus segredos e planos
Quando eles encaixarem nos meus
Você sabe que eu quero
Seus olhos nos meus, meus lábios nos teus
Nossa vida, nossa casa, nosso tempo.

Por isso eu espero. Por isso eu sustento. Porém não divido.
Por isso te deixo, por isso não cabe, por isso dói.

Por isso te deixo viver. Porque você sabe...
Você sabe o quanto.