Minha flor, nascida num vão do mundo
Flor de lótus, por vezes lota meus olhos de brilho
Maria-sem-vergonha, dissipa em suas cores a coragem de amar
Margarida sem graça, por vezes me encontra num sono profundo
Dama da noite, derrama seu perfume sobre as flores dormentes
Embriaga o céu, escurecida pelo rancor do sol, pois mentes
Mentes, e eu não pude encobrir suas mentiras
Ainda assim, por mais insolente que sejas
És minha flor.
E sendo minha flor, eu convenço o sol a te nutrir
E pondero a chuva a deslizar sobre seu mal-me-quer
Mesmo que de sonhos tenhas desistido e pra janela não queiras ir
Contemplo a amargura do seu tom frio, jasmim de pedra.
domingo, 24 de abril de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Carta para meu eu lírico.
Olha, ainda é cedo.
Tem muita estrada por aí, e você não vai conseguir andar por todas.
E se for tarde, tem muita gente que vai andar pelas estradas que você não vai andar.
Não se preocupe com as estradas.
Preste atenção no que eu tenho a dizer.
Você não é louca, só é artista.
Mas me desculpe por te fazer criar tantas maravilhas, elas são belas pra quem lê, pra quem ouve, e vê. Provocam mil sonhos, e noites mudas. Cegam os outros olhos por um dia, mas e você?
Você vive de arte.
Escuta só: mil perdões por ter tapado seus ouvidos quando a conseqüência pediu um minuto da sua atenção.
Pensando bem, não faça disso uma ventania desvairada.
Pegue esses papéis dessa tua história, e faça deles, aviõezinhos. Mande pro mundo todo.
Transforme tudo em música.
Plante verdade, chega de ilusões, por favor.
Agora durma, e sonhe ao som do tilintar do senhor dos ventos.
Tem muita estrada por aí, e você não vai conseguir andar por todas.
E se for tarde, tem muita gente que vai andar pelas estradas que você não vai andar.
Não se preocupe com as estradas.
Preste atenção no que eu tenho a dizer.
Você não é louca, só é artista.
Mas me desculpe por te fazer criar tantas maravilhas, elas são belas pra quem lê, pra quem ouve, e vê. Provocam mil sonhos, e noites mudas. Cegam os outros olhos por um dia, mas e você?
Você vive de arte.
Escuta só: mil perdões por ter tapado seus ouvidos quando a conseqüência pediu um minuto da sua atenção.
Pensando bem, não faça disso uma ventania desvairada.
Pegue esses papéis dessa tua história, e faça deles, aviõezinhos. Mande pro mundo todo.
Transforme tudo em música.
Plante verdade, chega de ilusões, por favor.
Agora durma, e sonhe ao som do tilintar do senhor dos ventos.
domingo, 17 de abril de 2011
Canção pra não cantar.
"Minha pequena, minha doce e amada irmã
Como eu queria te abraçar toda manhã
Saudade envenenada me faz ouvir o seu CD
Mente ingrata, na distância, não te vê
Quando de tarde penso em ti nesta cidade
Aperta o peito e o silêncio vira grade
Nesta prisão que a tua ausência me condena
Sinto sua falta, mesmo quando ela é pequena
Moça bonita, de pés pequenos e olhos brilhantes
Que não conseguem ficar dois dias sem chorar
Enfrente a vida, que ela é aventura errante
E o meu amor é proteção pra te afagar
Sorriso terno e uma mente embriagada
Busca em todos sua primeira namorada
Não imagino a minha vida sem você
Até no silêncio, até no quarto sem TV
Quando quiser me ter contigo, mesmo de longe
É só pensar, que na mesma hora vou saber
Que o meu bebê merece todo o meu carinho
E que a vida é mais bonita com você"
Fernanda Marini C. Buck
Como eu queria te abraçar toda manhã
Saudade envenenada me faz ouvir o seu CD
Mente ingrata, na distância, não te vê
Quando de tarde penso em ti nesta cidade
Aperta o peito e o silêncio vira grade
Nesta prisão que a tua ausência me condena
Sinto sua falta, mesmo quando ela é pequena
Moça bonita, de pés pequenos e olhos brilhantes
Que não conseguem ficar dois dias sem chorar
Enfrente a vida, que ela é aventura errante
E o meu amor é proteção pra te afagar
Sorriso terno e uma mente embriagada
Busca em todos sua primeira namorada
Não imagino a minha vida sem você
Até no silêncio, até no quarto sem TV
Quando quiser me ter contigo, mesmo de longe
É só pensar, que na mesma hora vou saber
Que o meu bebê merece todo o meu carinho
E que a vida é mais bonita com você"
Fernanda Marini C. Buck
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Blefe do inconsciente.
A luz fraca da lua e das luzes de trânsito livre alternavam a iluminação do seu rosto, dos seus olhos abertos querendo secar as lágrimas ainda não derramadas. O nó na sua garganta me entrelaçava na sua vida, como se não houvesse volta. Você não pôde dizer nada, pois não tinha voz firme, não podia dizer o que realmente pensava, apesar de não ser necessário.
Assim, uma lágrima deslizou pelo seu perfil, destrancando mais duas atrás, fazendo seus lábios tremerem, apertando-se um no outro quando eu coloquei minha mão sobre a sua, sempre muito quente.
E então você mudou a marcha, furiosa.
Assim, uma lágrima deslizou pelo seu perfil, destrancando mais duas atrás, fazendo seus lábios tremerem, apertando-se um no outro quando eu coloquei minha mão sobre a sua, sempre muito quente.
E então você mudou a marcha, furiosa.
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