domingo, 12 de abril de 2009

espelho.

Toda conversa me leva, toda reflexão te traz.
Na verdade, eu não sei o que faço aqui. Esse cheiro forte de ignorância e futilidade, essa vista tão limitada que só me faz lembrar da vontade que eu tinha de ver um horizonte bonito. Tudo de mentira.
Eu sei que agora espero alguém que talvez não venha, e permaneço calada, esperando.
Mas não espero de verdade. Não espero inteiramente, não espero como te esperei.
A falta não sobra tanto, o sono não é tão profundo, os sonhos não são intensos.
As cartas estão na estante, empilhadas, debaixo da saudade que você deixou.
Uma das marcas que você deixou em mim, fica nos papéis, finos de escrita.
Outra marca ficou na alma.
Teu gosto ficou faltando, sua presença me questionando.
Quem me persegue é a sorte, vou andar por aí, livre, leve, presa pelas suas mãos que seguram as minhas nas ruas, e noites.
A sorte me persegue, porém, me persegue apenas de acordo com o presente.
E não existe o agora, sem você.

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