terça-feira, 3 de novembro de 2009

29.09.09 - 23:14 pm.

É uma posse brutal, de um pensamento limitado. Uma história curta, prorrogada, plantada nos meses. Um conceito que muda conforme as estações, e se perde com a ventania da cidade, fazendo um nó de doer a garganta.
Uma saudade de mim, dos meus pensamentos, dos meus questionamentos, da minha inquietude alegre, que se tornou tão angustiada. Saudade de não saber o que poderia acontecer, de ter vontade de viver o que não provei. De sonhar, e fazer disso um sorriso iluminado pelas manhãs ilusórias.

A sala daquele apartamento, que me puxava para passar a noite no sofá, com vista para a janela que exibia meu céu de nuvens de algodão-doce que brincavam de esconder as estrelas, só me deixando ver a Lua.
A ausência do gosto da sua boca passou por todas as partes da minha língua, e parou no amargo. Pensando bem, ficou faltando o doce. Como é que pode o amargo ter chegado primeiro que o doce? Como é que pode suas palavras terem chegado antes que sua voz me tomasse a paz?

Como pode uma parte de mim adormecer salgada de choro, e todas as suas partes viverem de razão?

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