segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A Imperatriz.

Moça atriz dos olhos Junhos.
Imperatriz dos meus sonhos, mergulha nas águas revoltas dos meus olhos castanhos.
Ancorei meu ar nas ondas dos teus cabelos, mares vermelhos revoltos.
Te amei muito antes dos navios negreiros alçarem vôo às estrelas,
Te fiz minha antes do amor existir,
Me fiz tua antes do primeiro anjo cair.
Traz em mãos todos os encantos
És rainha envolta no manto de fases da lua que bordei num setênio, esperando o milênio passar para enfim, te reencontrar, e chorar minha saudade em seus ombros largos, fardados de sardas, te cobrir de jaspes e desejos de madrugadas, despejar meus lábios em ti.
Ouvi dizer que nosso amor invadia até o coração dos ateus que te queimaram na fogueira por medo de crer na força que gira o mundo, e não se vê.
Sou aprendiz da eternidade, e nada sei sobre os mistérios da vida, e nem quero saber.
Nada sei sobre minhas missões ou sobre quais mundos meus pés viajarão.
Não sei se vais embora amanhã, ou se és tardia.
Apenas sei que não seguirei nenhum conselho, nenhum guia
Que me impeça de amar-te até o fim dos meus dias.

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