domingo, 24 de abril de 2011

Lagoa submersa.

Minha flor, nascida num vão do mundo
Flor de lótus, por vezes lota meus olhos de brilho
Maria-sem-vergonha, dissipa em suas cores a coragem de amar
Margarida sem graça, por vezes me encontra num sono profundo

Dama da noite, derrama seu perfume sobre as flores dormentes
Embriaga o céu, escurecida pelo rancor do sol, pois mentes
Mentes, e eu não pude encobrir suas mentiras
Ainda assim, por mais insolente que sejas
És minha flor.

E sendo minha flor, eu convenço o sol a te nutrir
E pondero a chuva a deslizar sobre seu mal-me-quer
Mesmo que de sonhos tenhas desistido e pra janela não queiras ir
Contemplo a amargura do seu tom frio, jasmim de pedra.

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