quarta-feira, 6 de abril de 2011

Blefe do inconsciente.

A luz fraca da lua e das luzes de trânsito livre alternavam a iluminação do seu rosto, dos seus olhos abertos querendo secar as lágrimas ainda não derramadas. O nó na sua garganta me entrelaçava na sua vida, como se não houvesse volta. Você não pôde dizer nada, pois não tinha voz firme, não podia dizer o que realmente pensava, apesar de não ser necessário.
Assim, uma lágrima deslizou pelo seu perfil, destrancando mais duas atrás, fazendo seus lábios tremerem, apertando-se um no outro quando eu coloquei minha mão sobre a sua, sempre muito quente.

E então você mudou a marcha, furiosa.

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